Uma lua de inverno

Uma lua de inverno

sábado, novembro 15, 2008

Tudo se move!!


Tudo é móvel, ou não. Sou "movível", transito entre tantos lados, deixo em cada um deles fragmentos de Ana Lúcia, recortes de existência e saudade.
Mona Gadelha sacou essa de Bauman, daí que deu nome a um álbum "Tudo se move".
Eu me movo, algo que está além de mim me faz querer ir - voltar? Sim, de certa forma. O eterno retorno.

domingo, setembro 21, 2008

Em uma manhã de sábado...vodcas de véspera

Sem rota ou direção,
alguém que se perde em suas próprias palavras
merece um minuto de atenção,
ou seria um rasgo de perdão?

Sem rota ou direção
a fala te cala os sentidos
os instintos se convertem em apelo
ou a solidão se acomoda em textos já lidos ??

quarta-feira, julho 16, 2008

Mr. Bojangles, come back and dance, please...


A dona deste blog evidentemente não usa toda a potencialidade que o ambiente comunicacional internet oferece. E daí? Já disse e escrevi (assim como Zuenir), prefiro ler a escrever.
Mas, hoje revisito este espaço para registrar o saudosismo de sempre - quisera eu ser como Paulinho da Viola e dizer que meu tempo é hoje, porém, estou velha mesmo, tenho direito a ter sempre saudades.
E a nostalgia de agora vem na voz de Sammy Davis Jr. A canção "Mr.Bojangles" ficou imortalizada na interpretação de Sammy - ah! Bons tempos quando cantar, atuar, tocar e dançar faziam parte dos atributos de um artista realmente completo. Ousado, se converteu ao judaísmo. Amado, teve as mais belas mulheres de Hollywood à época. Sofrido, do racismo, passando pelo acidente que lhe levou um dos olhos, até ao câncer que o matou em 1990 aos 64 anos. Só que tudo isso não tem importância agora, pois neste verão insuportável na Amazônia paraense, Sammy Davis Jr. me carrega aos idos dos anos 1950 e me deixa em suspensão.
Embalada pela canção "Mr. Bojangles" (letra de Jerry Jeff Walker e uma homenagem ao dançarino Bill ´Bojangles´ Robinson), peço licença ao autor e ao homenageado para pedir: sammy, come back and sing, dance, play again...we need to see again, please.
Divido com vocês para que saibam do que estou a falar.

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

As cinzas do ano velho



Dizem que o ano novo só começa no Brasil quando termina o Carnaval. Deve ser por isso que só hoje, quarta-feira de cinzas e ao olhar o meu último post neste blog, é que me dei conta que meu motor ainda funciona como se eu estivesse em 2007. Na verdade, a rotina de trabalho diário - cuja jornada leva de 13-14 horas por dia - não me deixou olhar pela janela e perceber que um novo ano chegara e que era hora de promessas, pactos e correções de rotas.
Nada disso ocupou minha mente. De fato, aspectos da minha vida se beneficiam do fato de eu não dispor de tempo. Assim, algumas indecisões e problemas de outra ordem se acumulam numa gaveta, cujo conteúdo prefiro não olhar.
Mas, 2008 está aí. E não é totalmente verdade que eu desconheça que o calendário virou. Afinal, a chuva de janeiro sempre anuncia que o inverno amazônico chegou. O cupuaçu e o bacuri em ofertas nas feiras também...cito só algumas das coisas que mais gosto: chuva, cupuaçu e bacuri. Este último então, manjar dos deuses, devoro doidamente e salivo só em pensar no fruto.
Então, me dou conta que é preciso recomeçar. De certa forma, pouco a vontade, confesso. Contudo, a bola da vez é a saúde, vou tentar começar o ano por ela, que ainda frágil. Meu corpo já nem fala mais, ele grita.
Vamos lá, ano novo...minha alma pede os versos de Johnny Alf em "Eu e a Brisa":
"...E depois que a tarde nos trouxesse a lua
Se o amor chegasse eu não resistiria
E a madrugada acalentaria a nossa paz
Fica, oh, brisa fica, pois talvez quem sabe
O inesperado faça uma surpresa
E traga alguém que queira te escutar
E junto a mim queira ficar..."