Uma lua de inverno

Uma lua de inverno

domingo, abril 16, 2006

Páscoa para além do chocolate

Domingo de Páscoa significa o final de uma semana de chocolates e preguiça. Ou melhor seria dizer que é começo de algo novo que vá além da comilança e da lentidão de dias de ócio? Pq na verdade, salvo poucos, quase ninguém lembra do sentido real da Páscoa em suas vidas. Parece que neste mundo de fulgaz presente, renovar pra quê?
A pergunta que não quer calar: Até quando vamos permanecer os mesmo mediócres individualistas??? Ele vai cansar de esperar...

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

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terça-feira, fevereiro 14, 2006

Escuros da ribalta


Quarta-feira é dia "meiote"! Meio de semana, nem a preguiça do começo, nem a expectativa do final. Nem peixe, nem carne...
Mas enfim, nesta madrugada de quarta é que me dou conta de vez que o cine Olímpia vai fechar suas portas amanhã, quinta, desfecho anunciado e com gosto de enterro de companheiro morto pela repressão, quando ainda tínhamos com o que sonhar.
Não há público que justifique o custo de manutenção da sala de exibição mais antiga ainda em funcionamento no Brasil, dizem os administradores.
Fico a pensar. Foram-se quase todos cinemas de rua, substituídos por contemporâneas salas de som Double Digital em shoppings, guarnecidas de pipocas em baldes, refrigerantes aguados em máquinas e menu comercial.
Daí me pergunto se isso é assim mesmo, tudo acaba, afinal? Em Buenos Aires reformaram um conjunto de salas na 9 de Julho e o cinema de rua reabriu suas portas junto com a economia do país, algo de deixar inveja a nós vizinhos menos letrados e menos engajados (sem ofensa a ninguém, contudo, algum dia fomos às ruas bater panelas vazias? Não que eu me lembre).
Bom, mas eu obviamente lamento mais esse espaço perdido, quisera eu que o Unibanco olhasse para o Norte e abrisse ali um espaço. Nem precisava ser tão grande como em São Paulo, ou chique como em Fortaleza, mas algo entre o preservado e a sutil mudança.
Sei lá, acho pouco provável que algo desse tipo ocorra, afinal aqui não chegam coisas boas das grandes cidades: Tok e Stok, Espaço Cultural Banco do Brasil, Rede Metropolitanas de Alta Velocidade, Livraria Cultura, entre outras coisas mais...porém, tem algo que chega, e chega "chegando", tal qual nas grandes metrópoles do país, a violência urbana.
Pois é, na minha intuitiva opinião é ela mesmo que fez com que o Olímpia, o sentar na calçada para papear com vizinhos, andar despreocupada sob os túneis de mangueiras, namorar no carro....tudo isso e outras coisas mais nos fossem roubadas.
E, assim como o senhor secretário de segurança do Estado disse que a violência é culpa da imprensa, deve ser dela também a culpa do Olímpia cerrar suas portas.
Disso tudo, qualquer semelhança com Cinema Paradiso, Splendor e Cidade de Deus não é mera coincidência.
Dormir com um barulho desses, nunca! Haja tartarato de zolpidem.

domingo, fevereiro 12, 2006

Sob luzes e sombras de Wong Kar-Wai


Domingo. Dia de(?). Muita coisa: Churrasco temperado com farofa molhada de chuva e regado a cerveja quente e pagode (arg!). Almoço em família, para os que ainda têm. Sorvete na Cairu depois do tacacá da D. Marina (hummm). Cinema cabeça, que é para a segunda-feira começar pegando logo de 2a. (humm...trocadilho infeliz).
Mas, cinema de domingo à noite com Steven Soderbergh, Michelangelo Antonioni e Wong Kar-Wai juntos num só filme é para deixar qualquer um a se perguntar "que EROS é esse?".
"EROS" é cinema para a iniciados. Nada de coisas dadas assim de mãos beijadas, até pq na vida as coisas não são nunca límpidas e fáceis, ainda mais quando se trata de sexo e amor.
Dos três episódios de "EROS" o melhor é Mãos, do meu cineasta chinês preferido, Wong Kar-Wai. Gong Li, bela e Chang Chen, abnegado dão ao chinês como superar com distância a velha incomunicabilidade de Antonioni e o jogo de sono/sonho/vigilia de Sondenbergh.
Ah! E Caetano a cantar "Michelangelo Antonioni" no intervalo entre cada episódio, a sonorizar ilustrações de corpos que se tocam é qualquer coisa de sublime imaginário.
Domingo perfeito depois das 20h30. Pouco? Não quando se termina um dia sob luzes e sombras, corredores e dores de Wong Kar-Wai.

P.S:Se vale uma frase após aquela que deveria ser a última deste post, assistam EROS, mas antes, vejam "In The Mood for Love" (O amor à flor da pele) de Kar-Wai e depois me digam se estou a flertar com a saudade daquilo que não vivi.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Heaven or Las Vegas


Ao ouvir o indescritível vocal de Beth Fraser em "I wear your Ring" imediatamente remeto minha mente para 1993. Essa é a minha preferida de "Heaven or Las Vegas".

1993. O ano em que plantei uma árvore que supeito não exista mais no campus do Guamá. Foi retirada para dar lugar a uma ponte sobre o rio (?) Tucunduba, obviamente mais útil.
Desse dia, guardo uma foto na qual uso um duvidoso boné e com a dita mudinha de planta nas mãos. Momento captado de forma distraída por um bom "retratista". Em preto e branco, e por isso mesmo, cada vez que me revejo nessa fotografia descubro algo mais que se foi além da árvore plantada/arrancada.

O Cocteau Twins nunca mais lançou nada novo. Desde "Milk and Kisses" (ah! Leite e beijos, please!!), de 1996, Elizabeth Fraser e Cia estão ausentes, mas não em minhas longas e intermináveis noites de sono em fuga.

Penso em perguntar: Heaven or Las Vegas?? Hummm...:
R: Las Vegas num plantão noturno de Gil Grissom em CSI, de preferência num episódio dirigido por Tarantino.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Days


"All days of my life", canta o camaleônico David Bowie.
Days é a trilha sonora deste 25, aliás, já 26 de janeiro.
E esses dias, mesmo com toda chuva de janeiro, ainda deixam ares de estúpidos verões.
Não gosto mesmo desse astro rei, a chuva embala meus sonos, sonhos, tardes de mangueiras que balançam frutos a tintar asfaltos...chuva que embala pueris lembranças.
Hoje, a chuva soa "all the days of my life, i own you..."

terça-feira, janeiro 24, 2006

Terças de jazz e blues

Mais um dia desta semana que vai.
O lado bom disso, ãs terças têm jazz e blues na minha vida.
Pelo menos isso, já que o cotidiano tem consumido minha inteligência, embora eu lute bravamente contra a burrice, a afronta dos arrogantes me faz questionar o que estou a fazer aqui?

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Up So Close


Ao som de Cake, Up So Close, este blog foi criado.
O que aqui será registrado só o tempo e os humores vão dizer.